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Além de formação em Comunicação Social, a jornalista traçou novos desafios durante o curso de Direito, chegando ao pleito executivo em São Vicente

Meu nome é Solange Cristina de Freitas, sou formada em jornalismo e, em 2020, em meio a uma pandemia e um processo eleitoral, consegui concluir a minha segunda graduação: bacharel em Direito pela Universidade Metropolitana de Santos (Unimes).

Minha família sempre foi incentivadora dos estudos e, para minha mãe, que morreu com leucemia pouco antes de eu entrar na faculdade de jornalismo, em 1988, o estudo era essencial. Infelizmente, ela não pode acompanhar minha vida acadêmica dentro da universidade, mas tenho certeza de que está orgulhosa.

Trabalhando no jornalismo há 30 anos, 15 deles na TV Tribuna, sempre fui uma jornalista combativa, que gostava de fazer reportagens que cobravam o poder público e ajudavam a população. Para isso, senti a necessidade de entender melhor sobre os direitos e deveres de cada cidadão para poder exercer ainda com mais convicção o meu trabalho.

Por isso, em 2016, ingressei na faculdade de Direito. Eu sabia que seria um diferencial para o meu trabalho como jornalista mas, para isso, eram necessários sacrifícios. Durante todo o curso eu acordava às 4 da manhã para ir trabalhar e ia dormir tarde por causa das aulas que eram no período noturno, mas, mesmo assim, nunca desanimei. Cada ano era uma conquista e a cada nova conquista uma nova etapa.

Ao longo do curso, eu já utilizava as lições que tínhamos em sala de aula dentro do meu trabalho como jornalista. Lia processos, interpretava, simplificava o ‘jurisdiquês’ para o telespectador, acompanhava julgamentos, etc.

O Direito estava sendo fundamental para o meu trabalho como jornalista, mas se tornou ainda mais importante quando deixei o jornalismo para buscar novos desafios.

No último ano da faculdade, ingressei na vida pública e me candidatei a prefeita de São Vicente. Os desafios de fazer uma campanha e, ao mesmo tempo, provas, trabalhos e TCC, eram quase que insuperáveis. Com muita ajuda, compreensão da Unimes e esforço, consegui concluir o curso que, para o cargo que eu queria alcançar, era também muito importante e um diferencial.

Perdi a eleição no segundo turno, mas a vida pública dentro da política continua e tenho certeza que o Direito ainda me ajudará muito. Sempre digo para meus amigos que todo mundo deveria fazer Direito para conhecer mais a fundo as leis, seus direitos e, também, seus deveres. O Direito abre a nossa mente.

Em 2021, já bacharel em Direito, desejo que todos que queiram, um dia tenham a oportunidade de fazer o curso.

Nunca é tarde para novos desafios.

‘Vamo que vamo’!!!!